sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Qual a diferença entre o pentecostalismo X Neopentecostalismo

Pentecostalismo X Neopentecostalismo


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 A expressão "Movimento Pentecostal" é uma expressão que nos remete ao mover do Espírito ocorrido no dia de Pentecostes, em Jerusalém, conforme narrado em Atos, capítulo dois e nos dias da igreja primitiva.
         Nos dias de hoje, ouve-se muito falar em pentecostalismo. O pentecostalismo ou movimento pentecostal, está dividido em dois grupos distintos: O pentecostalismo clássico e o neopentecostalismo.
          O pentecostalismo  clássico é aquele registrado, especialmente, pela história da Igreja Assembléia de Deus no Brasil, ao longo dos seus 100 anos de existência. E eu estou citando a Igreja Assembléia de Deus porque não conheço a história do movimento pentecostal de outras igrejas históricas no Brasil.
          O neopentecostalismo, muito mais recente, cerca de 25 anos de existência, é o movimento que tem acontecido em algumas novas denominações que imitam o verdadeiro movimento pentecostal.
Quais são as principais diferenças entre um e outro?

1ª diferença. O pentecostalismo clássico é o movimento pentecostal baseado no mover do Espírito como fruto da oração, do estudo da Bíblia e da pregação do Evangelho, e tem como objetivo a salvação de almas.
1.1. O movimento neopentecostal não é resultado de trabalhos de oração, muito menos de estudo sistemático da Palavra de Deus. Você nunca vê os líderes das igrejas neopentecostais convocando o povo para o círculo de oração, para um culto de oração, para uma vigília de oração, para a escola dominical nem para um culto de ensinamento e doutrina.

2ª diferença. O movimento pentecostal vivido pela Igreja Assembléia de Deus, ao longo deste primeiro século de existência, assemelhou-se, em muito, com o movimento espiritual ocorrido na igreja primitiva, na época dos apóstolos, no quesito "dons espirituais". Era muito comum, em nossos cultos, ocorrerem diversas manifestações de dons espirituais, especialmente nas reuniões de oração.
2.2. Nas igrejas neopentecostais, além da manifestação de curas, não se vê nenhum outro dom em evidência.

3ª diferença. No movimento pentecostal genuíno, os dízimos e as ofertas não são os objetivos das reuniões. É comum, em um culto onde o Espírito de Deus está atuando, o pastor esquecer-se de mandar recolherem os dízimos e as ofertas.
3.3. Os eventos realizados pelas igrejas neopentecostais, em sua grandíssima maioria, têm como objetivo maior, a arrecadação de dinheiro.

4ª diferença. O movimento pentecostal genuíno, tem como característica fundamental a santificação. O Espírito Santo não opera onde o pecado está operando. Já houve vezes em que o Espírito Santo levantou um profeta no meio da igreja e disse: "Enquanto não houver arrependimento e confissão, eu não vou operar". Em seguida, algumas pessoas vinham ao altar, com lágrimas nos olhos e faziam confissão e pediam perdão. Como resultado, pessoas eram batizadas com o Espírito Santo, outras falavam línguas, outras interpretavam, outras profetizavam e ocorriam muitas conversões.
4.4. Nos eventos neopentecostais, pouco importa o que as pessoas andam fazendo. Procura-se criar na igreja, um ambiente espiritual aconchegante, onde, mesmo quem esteja vivendo em pecado, não se sinta, de modo algum, desconfortável.

5ª diferença. Durante este primeiro século do movimento pentecostal no Brasil, as músicas preferidas do povo de Deus, tinham como conteúdo a adoração, a evangelização e a doutrinação. Ou seja, os cantores evangélicos eram grandes parceiros dos pastores, porque através de seus hinos doutrinavam, ensinavam e evangelizavam. As letras tinham conteúdo bíblico. Quem não se lembra dos cantores:
Ozéias de Paula - com os hinos "Eram Cem Ovelhas", "Entrei no Templo", "A Melhor Coisa Que Eu Já Fiz" e "Viva com Deus"
Otoniel e Oziel - com os hinos "Trinta Peças de Prata" e "Desejo Missionário"
Luiz de Carvalho - com os hinos "Tocou-me" e "Divino Companheiro"
Edson e Telma - com os hinos "Eu Prefiro Ficar com Jesus" e "Vale à Pena Ser Crente"
Jair e Hozana - Com o hino "Alma Cansada"
          É lógico que o estilo musical deles já não é mais bem-vindo para a juventude de nossos dias, mas eu não estou dando ênfase ao estilo musical, estou me referindo à diferença que há no conteúdo das letras que eram cantadas há algumas décadas atrás e as que são cantadas hoje, especialmente nas igrejas neopentecostais.

CONCLUINDO
          O que eu tenho presenciado nesta última década é a decadência do pentecostalismo clássico com a absorção pela Igreja Assembléia de Deus dos artifícios baratos e adaptação dos modismos e inovações do neopentecostalismo. Trabalhos tradicionais como Círculo de Oração, semana de oração, vigílias de oração, dia com Deus, manhã com Deus... tudo isto já não é mais conhecido da maioria dos membros que têm cerca de cinco anos de crente, na maioria de nossas igrejas.
          Os cultos de doutrina, hoje, em muitos lugares, viraram cultos proféticos, verdadeiros movimentões, onde os temas mais comuns são os temas relacionados ao sucesso.
          A Santa Ceia já não tem mais o seu dia específico; já não se dá mais a atenção que este ato solene merece. 
         É hora de refletirmos sobre nossa atual condição espiritual e o que esperamos que aconteça nas próximas décadas com o genuíno movimento pentecostal. Ou será que o verdadeiro movimento pentecostal está migrando do Brasil para alguns países africanos, como temos tido notícia?
Prof: Cleverson
Bacharel em teologia
Autor: Pb.Sondoval
                                         

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

PARTE 3 Hermeneutica



 

FERRAMENTAS DA HERMENÊUTICA

 

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As Interpretações de Hoje


Conforme se vê, a interpretação passou por sérias mudanças quanto aos métodos a serem empregados. A princípio passou a ser utilizado o método literal; depois o método totalmente alegórico, que deixou o literal de lado; depois veio o método das tradições no qual a igreja predominou e não aceitou a opinião individual; surgiu então, o método racional que não aceitava nenhum tipo de idéia sobrenatural e também o subjetivo que descartava o objetivo.

O estudante de teologia que não entender e nem procurar saber como interpretar e quais os métodos existentes para a interpretação, ficará limitado a pegar um pouco de cada um desses métodos já utilizados no passado. O resultado que obterá, mostrará que a sua interpretação será uma "salada" ou uma forma de "resto de feira" de interpretação.

Em qualquer igreja de hoje, século XXI, encontra-se um tipo de interpretação que foi citado anteriormente. Da mesma forma há os que misturam as interpretações e fazem uma só. Mas o que é mais triste é que a maioria dos estudantes de teologia aceitam essas coisas e pregam-nas em suas igrejas como sendo o melhor método de interpretação existente.

Além de existir, hoje em dia, todo o tipo possível de interpretação que já foi visto, uma idéia é tida como ponto em comum. Esta é a platônica, pois todos crêem que há uma alma que se desprende do corpo e se une a alma de forma incorruptível no céu. Entretanto, apenas este ponto em comum não é o suficiente para ser aceito como o certo. É necessário que o estudante de teologia saiba como fazer uma interpretação de um texto, da melhor forma possível. Para isso é preciso utilizar os fatores históricos, culturais, gramaticais, textuais e outros que o texto apresente.

princípios da hermeneutica  


A Hermenêutica está dividida em duas subcategorias:


Hermenêutica geral


É o estudo das regras que regem a interpretação do texto bíblico inteiro.


Hermenêutica especial


É  o estudo das regras que se aplicam a gêneros específicos como: parábolas, alegorias, tipos e profecias.

A Relação da Hermenêutica com outros Campos de Estudo Bíblico.


Estudo do Cânon: Diferenciação entre os livros que trazem o selo da inspiração divina e os que não trazem.

Crítica Textual: Tenta averiguar o fraseado primitivo de um texto. Torna-se necessário, pois não temos os originais dos manuscritos, temos apenas cópias e essas variam entre si.

Crítica Histórica: Estuda a autoria de um livro, a data da composição, as circunstâncias históricas que cercam sua composição, a autenticidade do seu conteúdo e sua unidade literária.

Exegese: É a aplicação dos princípios da hermenêutica para chegar-se a um entendimento correto do texto.

Teologia Bíblica: É o estudo da revelação divina no AT, e no NT. Ela indaga como essa revelação especifica contribuiu para o conhecimento que os crentes já possuíam naquele tempo. Tenta mostrar o conhecimento Teológico através dos tempos.

Teologia Sistemática: Organiza os dados bíblicos de uma maneira lógica,

tenta reunir todas informações sobre determinados tópico. Ex.: (Deus, Jesus, Igreja).


Análise Histórico-Cultural e Contextual


Analisa, como o próprio nome já diz, o ambiente histórico-cultural do autor, com a finalidade de compreender as suas alusões, referências e propósitos. O Dr. Roy B. Zuck, em seu livro A Interpretação Bíblica, utiliza o termo abismo para cada tipo de análise a ser feita num texto. Na verdade, o que ocorre é um verdadeiro abismo, porque se o estudante de teologia não compreender o que o autor escreveu para o seu povo no passado, não poderá fazer uma aplicação para os dias de hoje e terá uma interpretação deficiente, ou até mesmo, muito distante do que o autor imaginou dizer para o seu povo.

Ao analisar um texto bíblico, o estudante de teologia tem o costume de perguntar o que o texto significa para ele ou para o seu tempo. Entretanto a pergunta mais correta a ser feita é: o que o autor queria dizer para o povo do seu tempo ou para ele próprio?

Para compreender melhor esse ambiente no qual o autor vive é preciso conhecer o ambiente histórico, isto é, o contexto histórico-cultural no qual o povo bíblico vivia. Para tanto é necessário fazer as seguintes perguntas: Quem escreveu o livro? Em que época? Por que o escreveu? Isto é, falar dos possíveis problemas ou vitórias que ocorreram na época. Para quem foi escrito? E outras, no mesmo sentido.

Ao tomar o contexto histórico vivido pelo autor do livro, o estudante de teologia terá uma maior compreensão do que o livro quer dizer. É bom lembrar que o estudante faz uma verdadeira "viagem ao tempo" para compreender esse sentido.

Para que isto ocorra o estudante de teologia, agora intérprete da Bíblia, precisa conhecer o ambiente cultural e histórico em que autores humanos da Bíblia trabalharam. Como se sabe, em qualquer cultura ou época, tanto os autores como os leitores sofrem muita influência do contexto social vivido.

Por isso há necessidade de conhecer a cultura da época e isto nem sempre pode ser visto apenas através da Bíblia. Também é preciso pesquisar em outros livros (paralelos), pois estes tratam de questões específicas, isto é, questões culturais e sociais.



Mas o que é cultura? Segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, cultura é sistema de atitudes e modo de agir; costumes e instruções de um povo; conhecimento geral. A cultura envolve tudo o que uma pessoa faz, diz, produz, crê e pensa. Isto envolve hábitos, costumes, formas de comunicação e etc.





Da mesma forma que um missionário ao ir para outro país precisa conhecer a cultura do povo, o intérprete também precisa conhecer a cultura do livro bíblico a ser lido. Ninguém consegue compreender como o povo de Israel era tão infiel a Deus após ter saído do Egito, pois o povo viu muitos milagres. Mas ao estudar o contexto histórico e cultural vivido pelo povo na época entende-se que sofria influência de outros povos. É bom lembrar que a Bíblia foi escrita para os judeus, o povo de Israel e hoje é utilizada por causa da salvação que alcança a todos através da graça de Jesus. Então eles não tinham nenhuma preocupação de ensinar a outros povos a sua cultura, já que todos sabiam como era. Também não tinham a intenção de falar dos outros povos, mas apenas do povo judeu, que foi escolhido por Deus para habitar a terra prometida.

Para que haja uma melhor compreensão do contexto histórico-cultural serão analisados alguns pontos importantes para a interpretação.

O autor


Aqui é necessário abranger todas as características que envolvem o autor. Para que isto seja feito é preciso saber quem é o autor, pois nem todos os livros da Bíblia trazem o nome do autor e nem sempre ele é o elemento principal, principalmente nos livros contidos no NT.

É    preciso compreender o caráter e o temperamento, tudo mais íntimo possível. Também é importante descobrir qual a sua profissão, porque esta influencia muito na vida de uma pessoa. O Dr. Elliott diz que é suficiente falar-se no marinheiro, no soldado, no comerciante, no operário, no clérigo e no advogado para se reconhecer quão diferentes tipos de homens eles são, tendo cada um o seu modo habitual, suas expressões familiares, suas imagens familiares, seu modo favorito de ver as coisas e sua natureza especial.

Por isso ao ler qualquer livro da Bíblia é bom procurar particularidades do autor, isto é, escritos, palavras, coisas que são peculiares ao autor e fáceis de se notar no texto. Para tanto é preciso ler toda a vida do autor e não só apenas uma parte. Se não for feita uma análise biográfica da vida de Paulo, Pedro, João, Moisés, Jeremias, Daniel e outros, não ficará bem claro o que quiseram passar, porque muitos autores e personagens bíblicos, num dado momento, tinham uma determinada personalidade ou temperamento e após algum tempo, devido as suas experiências, este temperamento mudou e muito.

Outro fato importante a ser destacado é que nem sempre o autor é quem fala no texto, por isso é indispensável ter atenção no texto a ser lido ou estudado. Ao prestar atenção ao texto o intérprete descobre muitas coisas, uma delas é a intenção do autor ao escrevê-lo (exortativo, doutrinário, de fé, fidelidade, etc).



Outro fator importante a ser destacado no texto é se o autor está narrando um fato ou participando deste. Também é possível notar se o autor está sendo o porta-voz direto de Deus ou apenas registrando a sua visão ótica da situação vivida, igual a um jornalista. Um bom exemplo para isso está em Gênesis 6-9, onde é narrado o fato do dilúvio. A maior questão que se tem até o momento é se o dilúvio aconteceu em todo o mundo ou apenas no mundo que o autor conhecia e via no momento do fato, ou ainda, se realmente aconteceu.

O Contexto Social


Tudo o que acontece em volta do mundo vivido pelo autor tem que ser levado em consideração, por isso o contexto social é algo muito importante a ser estudado para compreender um texto. Ao se falar em contexto social é preciso saber se todas as coisas fazem parte do contexto. Tudo o que acontecia em volta ou próximo ao autor é importante para a compreensão do texto.

A questão política é uma das que mais influenciam a vida do autor, não só a política regional como a mundial, porque naquela época a forma de governo era monárquica, mas não igual à da Idade Média. Então os países mais fortes dominavam e influenciavam os demais. Não se pode entender o NT sem compreender a influência do domínio de Alexandre o Grande por toda a terra e o Império Romano. Da mesma forma, fica mais fácil compreender as profecias dos livros de Daniel e de Zacarias entendendo a história política. Se o intérprete não conhecer a história de José e de seus pais não entenderá porque o povo de Israel tornou-se escravo no Egito. Isso não ocorre apenas no AT, mas no NT também.

Como compreender os partidos existentes na época de Jesus se não conhecer a história e a política da época? Os evangelhos relatam vários grupos existentes na época de Jesus, entre eles pode-se citar os fariseus, saduceus, sicários, zelotes, publicanos, herodianos, essênios, etc. Também existia o sinédrio e outros mais, sem contar que sempre que alguém tentava acusar a Jesus jogava-o contra o império romano. Por isso, em toda a Bíblia, é de suma importância conhecer as questões políticas, pois assim a compreensão do texto e do que o autor queria passar fica mais nítida. Junto com a questão política existente na época encontra-se a religião dos povos e a forma de governo.



Não se pode interpretar o significado de um texto com certa precisão sem esse tipo de analise, pois o nosso objetivo é compreender o que o autor escreveu para o seu povo no passado, e somente após isso ele poderá fazer uma aplicação para os dias de hoje.

Para isso podemos então fazer três perguntas básicas:


I- Determinar o ambiente Histórico-Cultural geral.


a. Qual o ambiente histórico geral em que o escritor fala?


b. Quais os costumes cujo conhecimento esclarecerá o significado de determinadas ações.

c. Qual o nível de comprometimento espiritual da audiência?


II- Determinar o contexto Histórico-Cultural específico e a finalidade do autor ao escrever um livro.

a. Quem foi o autor?


b. Qual o seu ambiente?


c. Quais as suas experiências espirituais?


d. Para quem ele estava escrevendo? (crentes, descrentes, apóstatas, crentes que corriam perigo de tornar-se apóstatas, etc.)

e- Qual a finalidade do autor ao escrever esse livro em especial?


III- Desenvolver uma compreensão do Contexto Imediato


Como método de estudo bíblico, tomar textos para efeito de prova é relegado a plano secundário porque erra neste passo importante; interpreta os versículos sem dar a devida atenção ao seu contexto.

Fazem-se algumas perguntas para entender um texto em seu contexto imediato.



a. Quais os principais blocos de material e de que forma se encaixam no todo?






b. Como essa passagem contribui para a corrente da argumentação do autor?




c. Qual a perspectiva do autor?


d. Essa passagem declara uma verdade descritiva ou prescritiva?


   Descritiva - relatam o que foi dito ou que aconteceu em determinado tempo. O que Deus diz é verdadeiro; o que o diabo diz geralmente é uma mistura de verdade e erro, o que o homem diz pode ser verdade ou não.

Quando a Bíblia descreve uma ação de Deus com respeito a seres humanos numa passagem descritiva não se deve supor que seja este o modo dEle operar na vida dos crentes em todos os tempos da história.

    Prescritiva - as escrituras são tidas como articuladoras de princípios normativos. As epistolas são antes de tudo prescritivas, mas de quando em quando elas contém casos de prescrições individuais em vez de universais.

e.  O  que  constitui  o  núcleo  do  assunto,  e  o  que  representa  detalhes
incidentais?




f. A quem se destina essa passagem? (judeus, igreja, alguém em especial?)


Analise Léxico-Sintático


Analise Léxico-Sintático é o estudo do significado de palavras tomadas isoladamente (lexicologia) e o modo como essas palavras se combinam (sintaxe) a fim de determinar com maior precisão o significado que o autor pretendia lhes dar. A analise Léxico-Sintática reconhece quando um autor tenciona que suas palavras sejam compreendidas de modo literal, figurativa ou simbólica; e então as interpretam concordemente. Quando Jesus disse "Eu sou a porta", "Eu sou a videira" etc. Esta analise ajuda a interpretar a variedade de significados de uma palavra ou e um grupo de palavras.

Sua Necessidade


a. Quando não temos certeza válida de que nossa interpretação das escrituras é o que Deus tencionava comunicar.











b. Quando não temos base para dizer que nossa interpretação das Escrituras são mais validas que a dos grupos e heréticos

Passos Para a Análise Léxico-Sintática


1.  Apontar a forma literária geral do texto. A forma literária que o autor usa (poesia, prosa, parábola outras), influência o modo que ele pretende que suas palavras sejam entendidas.

2.   lnvestigar o desenvolvimento do texto, e mostrar como a passagem em consideração se encaixa no contexto.

3.  Apontar as divisões naturais do texto. As principais unidades conceptuais e as declarações transicionais revelam o processo de pensamento do autor e, portanto, tornam mais claro o significado que ele quis dar.

4.   Identificar os conectivos dentro de parágrafos e sentenças. Observar os versículos, parágrafos e sentenças (conjunções, preposições, pronomes relativos), mostram a relação que existe entre dois ou mais pensamentos.

5.    Determinar o significado isolado das palavras. Qualquer palavra que sobrevive por muito tempo numa língua começa a assumir uma variedade de significados. Por isso é necessário procurar os diversos possíveis significados de palavras antigas, e então determinar qual desses possíveis significados é o que o autor tencionava transmitir num contexto específico.

6.   Analisar a sintaxe. A relação das palavras entre si expressa-se por meio de suas formas e disposições gramaticais.

7.  Colocar os resultados de sua análise léxico-sintática em palavras que não tenham conteúdo técnico, fáceis de ser entendidas, que transmitam claramente o significado que o autor tinha em mente.

Método para Descobrir as Denotações de Palavras Antigas


Observando a tradução grega do Antigo Testamento feita antes de Jesus. Porque querendo ou não o AT foi traduzido do hebraico para o grego na época do império grego que foi dividido após a morte de Alexandre o grande


Estudar os sinônimos procurando pontos de comparação ou contraste.


Determinação dos significados pela etimologia.




Paralelismo

O paralelismo são palavras, passagens ou textos com o mesmo assunto ou

significado.


Passagens paralelas são aquelas que:


Fazem referência uma a outra.


Tenham entre si alguma relação


Tratam de um modo ou de outro do mesmo assunto.


Necessidade de Usar Paralelismo.


Clarear passagens obscuras. Adquirir conhecimentos bíblicos exatos, quanto a doutrina e prática cristãs.

Existem Paralelos de:


Palavras


Usa-se quando o conjunto de frases ou o contexto não bastam para explicar uma palavra duvidosa. Ex.: trago em meu corpo as marcas de Cristo. Marcas; 1Co.4-10 (cicatriz); 2Co. 11.23-25 (sofrimento literal) Balaão: Nm 22,24; Ap 2.14-17; Jd 11; IIPe 2.15-16.

De Idéias


São passagens que servem para clarear o texto em estudo.


Ex.: Sobre esta pedra edificarei minha igreja. Como identificar isso?


Mt.21:42-44; 1Pe 2:4-8; Ef.2:20.


Ex.: "Porque o amor cobre uma multidão de pecados." 1Co 13; Cl 1.4


De Ensinos Gerais


São princípios que permeiam toda palavra ou o Novo Testamento, ou seja, doutrinas cristãs absolutas.



Ex.: Justificação pela fé. Ef 2.8-10; Rm 5:1-8


Perdão do irmão. Mt 5.21-27.


Regras


1.   Buscar paralelos ou palavras mais claras no mesmo livro ou outro livro escrito pelo mesmo autor.

2.  Buscar paralelos nos livros da mesma época.


3.   Buscar paralelos em outros livros de outros autores, pois as vezes a palavra varia de autor para autor e de uma época para outra.

Ex.: obras em Tiago e em Romanos.


Analise Teológica


Precisamos nesse aspecto fazer duas Perguntas Básicas:


1.    Como esta passagem em questão se enquadra no padrão total de revelação de Deus?

2.  0 que é o padrão da revelação de Deus?

Existem algumas teologias (teorias) quanto o relacionamento de Deus com o homem.




Teorias Teológicas e Teoria Dispensacionalista


Segundo essa linha a revelação de Deus esta conceituada nas seguintes dispensações:

a. Inocência ou Liberdade - Da criação do homem ate seu pecado b. Consciência - Do pecado ao dilúvio.

c. Governo civil - Do dilúvio a torre de babel.

d. Da Promessa - Este intervalo abrangeu os patriarcas de Gn.11:10 ate Èx.18:27




e. Da lei Mosaica - De Moisés ate a morte de cristo.


f. Da Graça - O Presente momento , De At.2:1 ate Ap.19:21


g. Do Milênio- O reino milenar de Jesus Cristo Ap.20.


A base para a salvação em cada era é a morte de Cristo de forma especifica ou tipológica, a exigência para a salvação é a fé. O objetivo da fé em cada era é Deus, o conteúdo da fé muda nas várias dispensações.

Teorias das Alianças


Os teólogos das alianças vêem toda historia bíblica coberta por duas alianças, uma das obras ate a queda e uma da graça desde a queda ate o presente. A aliança das obras é descrita como acordo entre Deus e Adão, que prometia a este a vida mediante a obediência perfeita. A aliança da graça Deus promete perdão ao pecador mediante a fé nele.

Regras para Fazer Analise Teológica


1.   Determinar seu ponto de vista da natureza do relacionamento de Deus com os homens.

2.  Apontar as implicações desta perspectiva, para as passagens em estudo.


3.  Avaliar a extensão do conhecimento.


4.  Determinar o significado que a passagem possuía para os seus primitivos destinatários á luz do conhecimento que tinham.

5.   Indicar o conhecimento complementar acerca deste tópico o que hoje temos por causa da revelação posterior.

 conclusão

Siga com muito cuidado os princípios básicos que a hermenêutica estabeleceu para interpretação de textos bíblicos para que hoje no século XXI não venhamos cometer os mesmo erros que algumas teólogos do passado cometeram desprezando os caminhos apontados pela hermenêutica com sua teologia raza e cheia de heresias que o Senhor nos livre de cometer esses mesmos erros. 
amanhã estarei postando a parte 4
 
Pb.cleverson
bacharel em teologia